sábado, 11 de abril de 2020

A maior crise econômica da história


A pandemia levou o mundo ao pânico, mostrou ao mundo o quanto somos frágeis e despreparados para uma crise. Mostrou, principalmente, a forma ineficiente, despreparada e autoritária que governos resolvem seus problemas. Porém, o que há de pior numa crise ainda está por vir e precisamos estar cientes disso.

Dados os últimos acontecimentos, nos quais todos estão cansados de saber, existem muitos questionamentos e incertezas com o futuro da sociedade. Tudo está incerto: a saúde, os empregos, a economia. Porém, a análise de muitos é geralmente superficial, e não leva em consideração as leis econômicas; o que veremos agora.

Com esse evento podemos observar certas peculiaridades sociais. Uma delas é como o estado é ineficiente e despreparado para resolver problemas, e toda sua burocracia - leis burras - travam a sociedade e a cooperação; além de uma série de regulamentações para pesquisa de curas e tratamentos. Outro fato observado é a forma autoritária e antiética que o estado opera, obrigando indivíduos a permanecerem trancados em casa - assunto que quero detalhar melhor em outro artigo.

O que realmente é o mais grave é toda a crise que está escondida sob os acontecimentos atuais. A fragilidade financeira mundial é impressionante, as empresas estão totalmente endividadas, os bancos estão com sérios problemas de liquidez e o governo continua com políticas de expansão monetárias para salvar isso tudo cada vez com mais intensidade.

Todos vêem o estado e o banco central como salvadores da economia, que eles devem prover o máximo de recursos para manter empresas e bancos. Entretanto, o que ninguém observa é que os próprios bancos centrais são os causadores de tais endividamentos - mas qual o motivo?

O motivo é que bancos centrais no mundo inteiro trabalham com políticas monetárias expansionistas, ou seja, injetando cada vez mais dinheiro na economia em forma de crédito barato. Com crédito barato, empresas podem se endividar mais sem muita preocupação, visto que os juros são baixíssimos. 

Porém, a partir do momento que nos vemos em uma crise como a atual, a maioria das empresas perde sua fonte de renda e buscam, assim, novos créditos e ajuda do banco central para não quebrarem. Dessa forma, os bancos centrais salvadores injetam mais dinheiro para os bancos comerciais.

A partir desse momento temos uma complicação: as empresas estão sem dinheiro e renda devido a quarentena, então precisam de mais crédito para se manter, assim elas irão aos bancos solicitar este crédito. Por outro lado, os bancos vêm essas empresas como clientes com maior potencial de risco de calote - devido a falta de recursos na quarentena as chances das empresas pagarem as dívidas fica menor. Em consequência, os bancos com receio de um calote maior irão buscar aumentar suas reservas para se proteger de quebras.


Então a situação é um colapso imenso: empresas querendo dinheiro para se financiar e bancos querendo dinheiro para suas reservas. Isso não vai se sustentar e o que devemos notar é apenas quem vai ser o lado mais fraco e quebrar primeiro.

Os EUA possuem mais de 60 TRILHÕES de dólares em dívidas que não estão sendo pagas, além de uma demanda insana de mais dólares por empresas e bancos. O sistema está entrando em um colapso incrível, é só questão de tempo.